domingo, 27 de fevereiro de 2011

Achei uma CANETA...

...É verdade. Outro dia eu tava caminhando no Centro da cidade e percebi sobre a calçada, desprezada, uma caneta branquinha, bonitinha, de excelente escrita!

 É... E ninguém, até aquele momento, havia considerado a possibilidade de parar um pouquinho em meio a correria de seus compromissos, para apanhar no chão, aquele pequeno objeto que nos é, tão útil, em vários momentos de nossas vidas. Alguns, muito importantes! Eu vou falar sobre isso um pouco mais à frente.

Bom, naquele instante, eu fiquei pensando... Por que será que até agora, ninguém (e olha que o Centro da cidade tava movimentado), mas ninguém, além de mim, até então, decidira juntar a canetinha?

Será que é por que ela não custa caro? Será que é por que, naquela hora, ninguém tava precisando de uma caneta? Será que é por que, só um desocupado como eu, é que tem tempo pra ficar juntando caneta na rua? Será que se a caneta fosse um maço de notas de cem Reais ($), teria ficado ali, tanto tempo? Quê que cê acha hein?

À essa altura, cê deve tá pensando: - Nébias tá ficando é doido! Achou uma caneta e surtou!

Bem, eu fui pesquisar. Fui buscar informações a respeito da história da caneta. Encontrei! Onde? No Google, claro! Onde mais poderia ser?

Agora cê tá pensando: - Meu Deus! Será que ele vai contar a história da caneta? Eu vou desistir desse post.

Calma! Eu vou dizer apenas o seguinte: em tempos remotos, os babilônicos usavam pedaços pontiagudos de madeira ou ossos de animais. Mais à frente, penas de ganso e de metal. Em 1884, Lewis E. Waterman patenteou a caneta tinteiro. E finalmente, em 1937, o húngaro Ladislao Biro, criou a caneta esferográfica, que é usada até hoje. "Igual a que eu achei!" He, he!

Agora cê vai me dizer: - Nébias, desembucha meu filho!

Beleza, vamulá. Eu disse antes, que falaria sobre os momentos importantes de nossas vidas, em que uma caneta pode ser essencial. Pois é: Já pensou, se os noivos não tivessem uma caneta na hora de firmar seu compromisso perante o juiz? Se o presidente da república fosse para o trabalho sem caneta, como seriam assinados os documentos importantes que influenciam as nossas vidas? E nos cartórios, como seriam autenticadas as fotocopias e reconhecimentos de firma? Você sabia que candidatos a concurso público, deixam de realizar suas provas, por falta de uma caneta preta?

E durante o curso da história da humanidade, quantos eventos importantes não teriam sua autenticidade comprometida se a caneta não estivesse presente?

Mas, naquele momento... Havia uma canetinha desprezada numa calçada do Centro da cidade. Ao relento, coitadinha!

Sabe de uma coisa: nós somos movidos por nossas necessidades. Quem disse isso foi o psicólogo Abraham Maslow, quando desenvolveu o estudo que ficou conhecido como a hierarquia de necessidades de Maslow.

Se naquele momento, houvessem muitas pessoas necessitadas de uma caneta, "aquela caneta", teria sido disputada no tapa!

Somos movidos por nossas necessidades, por nossos desejos, taras, ambições...

É a filosofia capitalista que impera e diz: primeiro eu, e depois eu de novo! E aí não sobra tempo para a família, os amigos, e muito menos, para os necessitados, que passam fome na rua, ou os doentes nos hospitais...

Pensando bem: se a gente não tem tempo, nem para as pessoas mais importantes de nossas vidas, como é que vai ter tempo pra uma insignificante caneta esquecida no chão!?

Só um maluco desocupado como eu mesmo...  


                                                                                           Grande abraço e fique com Deus!
     

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Senna X Fenômeno

Em 1994, a seleção brasileira de futebol estava nos Estados Unidos para disputar a copa do mundo. Naquele mesmo ano faleceu um brasileiro muito querido e muito admirado por todos nós. O nome dele? Ayrton Senna da Silva, ou, Ayrton Senna do Brasil. Era como Galvão Bueno costumava referir-se a ele, quando narrava suas corridas aos domingos. Quando famílias do Brasil inteiro se reuniam nas salas de suas casas, para assistir, um cara magrinho, de semblante sereno, dentro de um fórmula 1 a mais de 300 Km.

É... Era dali, daquele minúsculo espaço, chamado de cockpit, que ele guiava um país inteiro na direção do podium. Para de lá, depois que a Bandeira brasileira fosse erguida, ao som do Hino Nacional, diante do mundo inteiro... Cada um de nós, juntos com ele, pudéssemos também erguer mais um troféu conquistado pelo talento de um brasileiro que nos orgulhava!

A essa altura, você talvez esteja pensando... Como é que pode? Ele começou o post falando da seleção brasileira na copa do mundo de 1994... E de repente, o Ayrton Senna entra na história! Quê que uma coisa tem haver com a outra?

Eu vou explicar: em 1994 o técnico da seleção brasileira era o Carlos Alberto Parreira. E ele convocou pra copa, um garoto de 17 anos, franzino, que havia começado a carreira no  futebol nas categorias de base de um clube chamado São Cristovão, no subúrbio do Rio de Janeiro. Depois havia passado pelo Cruzeiro de Minas Gerais, e no início de 94, foi levado para a Holanda, por um clube chamado PSV Eindhoven. O PSV pagou pelo menino a bagatela de 6 milhões de dólares.

Naquela época ele era conhecido apenas, como Ronaldinho, e era tido ainda pelos especialistas da bola, como uma grande promessa.

Bom, vocês conhecem a história: a seleção foi campeã da copa e o Ronaldinho esteve o tempo inteiro no banco. Entretanto, nos anos seguintes ele se transformou num dos maiores jogadores da história do  futebol. Duas vezes campeão mundial pela seleção, maior artilheiro da história das copas, eleito três vezes melhor do mundo pela FIFA, campeão em todos os clubes por onde passou e por aí vai...

Por conta de tudo isso, tornou-se uma celebridade mundial. Assim como Ayrton Senna, que também era querido no mundo inteiro, por causa do grande desempenho alcançado nas pistas.

Agora você diz: -ok, beleza, já sei de tudo isso! Mas onde você pretende chegar?

Eu digo: - o Ayrton nos deixou em 94, como já mencionei... E eu me lembro que o país inteiro parou para acompanhar a sua despedida. Um sentimento de profunda tristeza tomou conta de toda a nação! O tema da vitória, agora tocado em tom melancólico, não tinha mais o poder de nos entusiasmar. Ao contrário disso, estava nos fazendo sofrer. O sentimento coletivo naquele momento, era de que aquilo, não podia ser verdade! Não estava acontecendo! O Ayrton Senna não pode morrer!

Mas ele morreu. É verdade! O carro sobrou numa curva e bateu forte. Em um muro de concreto. E a estrutura física daquele extraordinário piloto, que era exatamente igual, e tão frágil quanto à minha e a sua, não pôde resistir à imensa força do impacto...

Aí... Essa semana, na segunda-feira, 14/02/2011... Um sentimento parecido com aquele que nos acometeu em 1994, menos intenso, claro. Nos pegou de assalto!

Ronaldo, agora Fenômeno! Anuncia que está, literalmente, "pendurando as chuteiras".

 Ele chegou devagarinho, falando baixinho, parando de vez em quando, pra pensar um pouquinho, e com muito jeitinho, foi fazendo com que brotasse, também devagarinho, uma lagrimasinha no cantinho do olho de cada um de nós!

Ele disse: "perdi pro meu corpo!" O extraordinário atleta disse: eu sou humano! Eu sou limitado e finito como qualquer um de vocês...

Eu pergunto: por quê? Por que é que a gente se impressiona e se envolve tanto, e se emociona com um fato como esse? Você me diz: - Ora essa! É o Ronaldo. É... Parece que é alguém da família da gente! Só que tem um detalhe: - eu nunca vi o Ronaldo pessoalmente nem de longe... Quanto mais de perto! O Senna então... Desarreda!

Bom, eles são a personificação daquilo que nós gostáriamos de ser. Eles conseguiram realizar uma imensa quantidade de sonhos que nós gostaríamos de ter realizado. É como se a gente se realizasse um pouquinho através deles.

Mais aí, de repente, eles passam! E nós ficamos nos sentindo meio orfãos. Quem é que vai agora realizar os grandes sonhos por nós?
A resposta é simples. Nós vamos! Em momentos como esses, Deus está nos dizendo: a vida é mais do que o que você pensa. E você precisa de bem menos do você imagina pra ser feliz!

Outra lição importante é: cada um deve fazer sua própria trajetória, lutar e construir a sua própria história.

Foi isso que fizeram Ronaldo Fenômeno e Ayrton Senna do Brasil. Lutaram, venceram, construiram suas histórias e deixaram seus legados!

                                                                                    Fique com Deus!   


domingo, 13 de fevereiro de 2011

Desanimar... ou reagir e vencer?

Hoje o Esporte Espetacular, da Rede Globo, apresentou uma matéria que eu julgo importante, por que me fez bem! Cody Mccasland, um garoto de 9 anos, nascido em Dallas, estado do Texas nos Estados Unidos, portador de um raro problema de saúde. Uma anomalia, na coluna vertebral, que fez com que ele perdesse o movimento das pernas. Com um ano e três meses as duas foram amputadas para que Cody pudesse ter "...a possibilidade de um dia andar com próteses." Disse a mãe de Cody na entrevista que concedeu ao repórter, César Augusto, da Rede Globo.

 A essa altura você já percebeu que essa é uma daquelas histórias de superação, em que o protagonista prevalece diante das adversidades que o cercam e se transforma em exemplo e motivo de inspiração para outras pessoas. Você está certo!

O Cody é um garoto feliz, sorridente e seguro. Aliás, segurança poderia ser uma boa palavra para definí-lo. Praticante de natação, é enfático ao responder à pergunta do repórter... O que pretende fazer no futuro? Cody diz: - Vou disputar a paraolimpíada!

Bom: por que que eu tô aqui, agora, escrevendo sobre essa história? Eu tenho 36 anos de idade, e se você leu meu perfil quando acessou o blog, viu que eu também sou casado e pai de dois filhos. Mas o que é que isso tem haver com a história do Cody? Você talvez esteja se perguntando.

No final de 2010 eu fiquei desempregado. Por conta disso: profundamente triste, deprimido. Dizia ser inconcebível que alguém com minhas responsabilidades pudesse ficar sem renda." - Como é que eu vou agora honrar meus compromissos?" É a pergunta que não quer calar! Quem já passou, ou está passando pela situação, sabe. Não é fácil!

 Entretanto, diante de um exemplo como o desse garoto, a gente se sente envergonhado, covarde, sem vergonha! Eu tô reclamando do quê? Que é que eu tô esperando pra tomar uma atitude, deixar de lado esse papo de autopiedade e correr atrás?

Tina Mccasland, mãe do Cody, dizia na reportagem: "- Acho que Deus tem planos especiais na vida de Cody. E acho que Cody sabe que Deus tem planos especiais na vida dele." E eu completo dizendo: Deus tem propósitos e planos especiais para todos aqueles que forem capazes de perceber, que ele costuma usar as circunstâncias, por mais desfavoráveis que sejam, para nos fazer crescer.

Você está passando por um momento difícil? Aproveite a oportunidade para aprender e evoluir. Tudo nessa vida passa. Se você for capaz de extrair, absorver e aplicar as lições importantes que a situação lhe oferece,  será alguém mais forte e mais preparado, depois que o vendaval passar!

                                                                                                        Forte abraço!

 

                                                                                             Ps. Acesse http://www.globo.com/ entre no link esportes. Depois no site do Esporte Epetacular e assista ao vídeo do Cody. Cê vai entender melhor do que estou falando!   












sábado, 12 de fevereiro de 2011

Ser bem atendido é um direito ou um privilégio?

Eu costumo tomar um cafezinho no final da tarde. É uma terapia... É um momento para refletir a respeito do que se passou durante o dia. Momento para desacelerar, reorganizar as idéias, conversar, quando estamos acompanhados! enfim. É um bálsamo... Ou pelo menos deveria ser! Mas nem sempre é!

 Principalmente quando o lugar escolhido para desfrutar desse momento tão significativo, não oferece um atendimento à altura da importância, que tal instante representa para este insignificante mortal.

 Aqui em Fortaleza, é episódio raro ser atendido de maneira satisfatória quando se procura algum tipo de serviço ou se deseja comprar alguma coisa.

Outro dia eu decidi tomar o tão venerado cafezinho... Ensaiei uma abordagem que pudesse ser compreendida como educada, polida, agradável... Enfim: - Boa tarde! A atendente mal olhou pra mim! Perguntei: - O café pode ser com leite? -Com leite aumenta R$ 1,00. - Ah sim! Vou querer. Ela preparou o café, pôs em cima do balcão e disse: não tem açúcar não, viu! - Muito obrigado. Eu disse. Tomei o café e fui embora.

O cearense é um povo maravilhoso. Entretanto, quando se trata de manisfestações de cortesia ou boa educação, como bom dia, boa tarde ou coisa do tipo... Surge então, um indivíduo tímido, retraido e cheio de restrições.

 O mesmo não acontece quando se trata da nossa já famosa capacidade de debochar dos outros. O que se diz é: o cearense perde o amigo mas não perde a piada!

Naquele dia eu fiquei pensando na atitude daquela atendente... Será que se eu fosse o Reinaldo Gianechini ela teria respondido ao meu bom dia? Será que ela se sente profundamente insatisfeita com o que faz? Ou será que ela realmente é uma jumenta batizada? Mas aí eu pensei: não foi vez a primeira que isso aconteceu... Eu lembrei que poucas vezes fui bem atendido em algum lugar. Lembrei dos bancos com suas filas e escassez de informação, lembrei das repartições públicas e da arrogância com que somos tratados por nossos servidores, dos supermercados, das lojas de departamentos, das pizzarias, postos de gasolina, hospitais, enfim.

 Será que também é assim no Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Belo horizonte,Curitiba, Salvador e em outras cidades de nosso país, tidas como metrópoles?

 Queremos evoluir, crescer, aumentar nosso nível de influência e importância na federação e como país no mundo. Talvez não pareça, mas, a capacidade de enxergar no outro, alguém digno de ser tratado com respeito e cortesia independente da condição financeira, cultural, religiosa, racial ou sexual, pode ser tida como circunstância primordial para que um povo ou sociedade sejam reconhecidos como desenvolvidos.

                                                                                      Um abraço!

Ps. Dê sua opinião, me corrija se estiver equivocado!
Este é um espaço de aprendizado e crescimento.