quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Senna X Fenômeno

Em 1994, a seleção brasileira de futebol estava nos Estados Unidos para disputar a copa do mundo. Naquele mesmo ano faleceu um brasileiro muito querido e muito admirado por todos nós. O nome dele? Ayrton Senna da Silva, ou, Ayrton Senna do Brasil. Era como Galvão Bueno costumava referir-se a ele, quando narrava suas corridas aos domingos. Quando famílias do Brasil inteiro se reuniam nas salas de suas casas, para assistir, um cara magrinho, de semblante sereno, dentro de um fórmula 1 a mais de 300 Km.

É... Era dali, daquele minúsculo espaço, chamado de cockpit, que ele guiava um país inteiro na direção do podium. Para de lá, depois que a Bandeira brasileira fosse erguida, ao som do Hino Nacional, diante do mundo inteiro... Cada um de nós, juntos com ele, pudéssemos também erguer mais um troféu conquistado pelo talento de um brasileiro que nos orgulhava!

A essa altura, você talvez esteja pensando... Como é que pode? Ele começou o post falando da seleção brasileira na copa do mundo de 1994... E de repente, o Ayrton Senna entra na história! Quê que uma coisa tem haver com a outra?

Eu vou explicar: em 1994 o técnico da seleção brasileira era o Carlos Alberto Parreira. E ele convocou pra copa, um garoto de 17 anos, franzino, que havia começado a carreira no  futebol nas categorias de base de um clube chamado São Cristovão, no subúrbio do Rio de Janeiro. Depois havia passado pelo Cruzeiro de Minas Gerais, e no início de 94, foi levado para a Holanda, por um clube chamado PSV Eindhoven. O PSV pagou pelo menino a bagatela de 6 milhões de dólares.

Naquela época ele era conhecido apenas, como Ronaldinho, e era tido ainda pelos especialistas da bola, como uma grande promessa.

Bom, vocês conhecem a história: a seleção foi campeã da copa e o Ronaldinho esteve o tempo inteiro no banco. Entretanto, nos anos seguintes ele se transformou num dos maiores jogadores da história do  futebol. Duas vezes campeão mundial pela seleção, maior artilheiro da história das copas, eleito três vezes melhor do mundo pela FIFA, campeão em todos os clubes por onde passou e por aí vai...

Por conta de tudo isso, tornou-se uma celebridade mundial. Assim como Ayrton Senna, que também era querido no mundo inteiro, por causa do grande desempenho alcançado nas pistas.

Agora você diz: -ok, beleza, já sei de tudo isso! Mas onde você pretende chegar?

Eu digo: - o Ayrton nos deixou em 94, como já mencionei... E eu me lembro que o país inteiro parou para acompanhar a sua despedida. Um sentimento de profunda tristeza tomou conta de toda a nação! O tema da vitória, agora tocado em tom melancólico, não tinha mais o poder de nos entusiasmar. Ao contrário disso, estava nos fazendo sofrer. O sentimento coletivo naquele momento, era de que aquilo, não podia ser verdade! Não estava acontecendo! O Ayrton Senna não pode morrer!

Mas ele morreu. É verdade! O carro sobrou numa curva e bateu forte. Em um muro de concreto. E a estrutura física daquele extraordinário piloto, que era exatamente igual, e tão frágil quanto à minha e a sua, não pôde resistir à imensa força do impacto...

Aí... Essa semana, na segunda-feira, 14/02/2011... Um sentimento parecido com aquele que nos acometeu em 1994, menos intenso, claro. Nos pegou de assalto!

Ronaldo, agora Fenômeno! Anuncia que está, literalmente, "pendurando as chuteiras".

 Ele chegou devagarinho, falando baixinho, parando de vez em quando, pra pensar um pouquinho, e com muito jeitinho, foi fazendo com que brotasse, também devagarinho, uma lagrimasinha no cantinho do olho de cada um de nós!

Ele disse: "perdi pro meu corpo!" O extraordinário atleta disse: eu sou humano! Eu sou limitado e finito como qualquer um de vocês...

Eu pergunto: por quê? Por que é que a gente se impressiona e se envolve tanto, e se emociona com um fato como esse? Você me diz: - Ora essa! É o Ronaldo. É... Parece que é alguém da família da gente! Só que tem um detalhe: - eu nunca vi o Ronaldo pessoalmente nem de longe... Quanto mais de perto! O Senna então... Desarreda!

Bom, eles são a personificação daquilo que nós gostáriamos de ser. Eles conseguiram realizar uma imensa quantidade de sonhos que nós gostaríamos de ter realizado. É como se a gente se realizasse um pouquinho através deles.

Mais aí, de repente, eles passam! E nós ficamos nos sentindo meio orfãos. Quem é que vai agora realizar os grandes sonhos por nós?
A resposta é simples. Nós vamos! Em momentos como esses, Deus está nos dizendo: a vida é mais do que o que você pensa. E você precisa de bem menos do você imagina pra ser feliz!

Outra lição importante é: cada um deve fazer sua própria trajetória, lutar e construir a sua própria história.

Foi isso que fizeram Ronaldo Fenômeno e Ayrton Senna do Brasil. Lutaram, venceram, construiram suas histórias e deixaram seus legados!

                                                                                    Fique com Deus!   


Um comentário:

  1. É assim mesmo.....tds nós necessitamos de bons exemplos como referência. Ainda assim nem sempre é suficiente para reagirmos diante das dificuldades. Porém o mais importante é não desistirmos e apesar das nossas limitações, acreditar que sempre é possivel vencer, principlamente tendo como exemplo maior, o homem que revolucionou a história da humanidade: JESUS CRISTO!(Ele é meu principal herói), mas vc também é meu herói sabia?! te amo...

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