sábado, 12 de fevereiro de 2011

Ser bem atendido é um direito ou um privilégio?

Eu costumo tomar um cafezinho no final da tarde. É uma terapia... É um momento para refletir a respeito do que se passou durante o dia. Momento para desacelerar, reorganizar as idéias, conversar, quando estamos acompanhados! enfim. É um bálsamo... Ou pelo menos deveria ser! Mas nem sempre é!

 Principalmente quando o lugar escolhido para desfrutar desse momento tão significativo, não oferece um atendimento à altura da importância, que tal instante representa para este insignificante mortal.

 Aqui em Fortaleza, é episódio raro ser atendido de maneira satisfatória quando se procura algum tipo de serviço ou se deseja comprar alguma coisa.

Outro dia eu decidi tomar o tão venerado cafezinho... Ensaiei uma abordagem que pudesse ser compreendida como educada, polida, agradável... Enfim: - Boa tarde! A atendente mal olhou pra mim! Perguntei: - O café pode ser com leite? -Com leite aumenta R$ 1,00. - Ah sim! Vou querer. Ela preparou o café, pôs em cima do balcão e disse: não tem açúcar não, viu! - Muito obrigado. Eu disse. Tomei o café e fui embora.

O cearense é um povo maravilhoso. Entretanto, quando se trata de manisfestações de cortesia ou boa educação, como bom dia, boa tarde ou coisa do tipo... Surge então, um indivíduo tímido, retraido e cheio de restrições.

 O mesmo não acontece quando se trata da nossa já famosa capacidade de debochar dos outros. O que se diz é: o cearense perde o amigo mas não perde a piada!

Naquele dia eu fiquei pensando na atitude daquela atendente... Será que se eu fosse o Reinaldo Gianechini ela teria respondido ao meu bom dia? Será que ela se sente profundamente insatisfeita com o que faz? Ou será que ela realmente é uma jumenta batizada? Mas aí eu pensei: não foi vez a primeira que isso aconteceu... Eu lembrei que poucas vezes fui bem atendido em algum lugar. Lembrei dos bancos com suas filas e escassez de informação, lembrei das repartições públicas e da arrogância com que somos tratados por nossos servidores, dos supermercados, das lojas de departamentos, das pizzarias, postos de gasolina, hospitais, enfim.

 Será que também é assim no Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Belo horizonte,Curitiba, Salvador e em outras cidades de nosso país, tidas como metrópoles?

 Queremos evoluir, crescer, aumentar nosso nível de influência e importância na federação e como país no mundo. Talvez não pareça, mas, a capacidade de enxergar no outro, alguém digno de ser tratado com respeito e cortesia independente da condição financeira, cultural, religiosa, racial ou sexual, pode ser tida como circunstância primordial para que um povo ou sociedade sejam reconhecidos como desenvolvidos.

                                                                                      Um abraço!

Ps. Dê sua opinião, me corrija se estiver equivocado!
Este é um espaço de aprendizado e crescimento.              

Um comentário:

  1. a parte que eu mais gostei (como cearense) foi a da "jumenta batizada" kkkk. Em se tratando dessa raça, nossa Fortaleza é um mega curral!

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